“UM NOTÁVEL ROMANCE HISTÓRICO”
(Miguel Real, Escritor e Crítico Literário IN: Jornal das Letras)
O escritor português, João Morgado, acaba de publicar o romance histórico Vera Cruz – a vida desconhecida de de Pedro Álvares Cabral, o porquê da sua escolha pelo rei em detrimento de Vasco da Gama, os mistérios que envolveram o desvio da frota até chegar a terras de Vera Cruz, e as suas aventuras nas índias das especiarias.
Um trabalho de rigorosa investigação jornalística por parte do autor que demorou três anos para concluí-la.
Esta obra permite conhecer a vida de Pedro Álvares Gouveia – nome de sua mãe, por ser filho segundo, que só ganhou o direito usar o nome “Cabral” pelos valorosos feitos em combate no norte de África, onde combateu oito anos e armado cavaleiro.
Em Vera Cruz, João Morgado defende duas teses históricas interpretativas da história portuguesa dos séculos XV e XVI.
Em primeiro lugar, a descoberta intencional do Brasil pela armada de Pedro Álvares Cabral, mas não ao mando do rei D. Manuel I, que estava mais interessado nas riquezas das Índias, mas em nome da Ordem Militar da Cruz de Cristo – a Vera Cruz.
À projeção imperial e narcisista do rei, terá Cabral tentado acrescentar a evangelização dos índios do Brasil, designados no romance como “puros”.
Em segundo lugar, a denegação de Vasco da Gama, personagem heroico dos Descobrimentos portugueses, segundo a história corrente dos manuais de ensino. O descobridor do caminho marítimo para a Índia é considerado, em Vera Cruz, pouco mais do que um fidalgo arruaceiro e ambicioso cujo trato violento com o samorim de Calecute deitou a perder um entendimento pacífico definitivo entre o cristianismo e o hinduísmo.
De realçar, igualmente, a arquitetônica conceptual e afetiva do personagem Pedro Álvares Cabral. Esta é trabalhada pelo autor de um modo neo-romântico, destacando os seus conflitos íntimos, a luta pela passagem de uma posição marginal na hierarquia social (filho secundogênito, sem fortuna própria e com estatuto social inferior ao família da esposa, Isabel de Castro, sobrinha de Afonso de Albuquerque), cristalizando na personagem o sentido, os paradoxos e as contradições da História, concedendo-lhe uma liberdade individual e política muito, muito cara aos românticos.
Segundo Miguel Real, o maior crítico literário português, neste romance, “o autor continua, com probidade, a visão de Alexandre Herculano, fundador do romance histórico em Portugal”, sobre a confecção rigorosa deste gênero literário: verossimilhança ou similitude na história, no desenho das personagens e no enredo definidor da ação, e na fidelidade aos documentos da época.
Desta forma é o enquadramento estético de Vera Cruz, ao qual “acresce a imaginação portentosa de João Morgado, um léxico histórico prodigioso, fruto do convívio com os textos, e um domínio espantoso do detalhe histórico ao longo dos séculos XV e XVI”, seja em Portugal (interior raiano e Lisboa), seja na Índia (Calecute e Cochim), seja no Norte de África (Ceuta e Tânger), três características que agradam sobremaneira ao exigente leitor de romances históricos. Como explicita o autor na “Nota Final”, trata-se de uma “ficção controlada” (p. 506), concedendo aos fatos rigorosamente comprovados a “emoção” própria da fabulação romanesca.
JOÃO MORGADO é um escritor português. Poeta e romancista, é formado em Comunicação pela Universidade da Beira Interior, com mestrado em Estudos Europeus na Universidade de Salamanca, Espanha, e pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Independente/Universidade de Madrid. Trabalhou como jornalista e, para além da imprensa regional, escreveu no diário nacional “Público” e semanário “Sol”.
Para além de Vera Cruz, João Morgado lançou mais dois romances: Diário dos Infiéis (2010) e Diário dos Imperfeitos – obras adaptadas ao teatro. Em 2016 vai lançar a obra «GAMA – o heroi imperfeito», que promete polêmica e ser um novo bestseller. O original recebeu já o Prêmio Literário Alçada Baptista 2015.
O autor recebeu os seguintes prémios literários:
- Prêmio Nacional de Literatura LIONS 2015
- Prêmio de Poesia Manuel Neto dos Santos 2015
- Prêmio Literário Fundação Dr. Luís Rainha Correntes d’Escritas 2015
- Prêmio Literário Alçada Baptista 2014
- 2º Prêmio Concurso Literário Dr. João Isabel, 2013
- Prêmio Literário Vergílio Ferreira 2012
«Vera Cruz é m notável documento histórico que, 515 anos depois, recupera a figura de Pedro Álvares Cabral, ostracizado pelo rei e pela história. Um livro que, com rigor, nos dá a imagem de uma época. A sua leitura é obrigatória…» – Mario Vilalva, Embaixador do Brasil em Portugal.
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